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Reviews e Análises

Cry Macho: O Caminho para Redenção – Crítica

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Cry Macho: O Caminho para Redenção é um filme estranho. Clint Eastwood produz, dirige e estrela o filme, que conta a história de Mike Malo, um antigo peão de rodeio que teve que se aposentar por causa de um acidente. Ele vira instrutor e trabalha para o dono da arena. Lá pelas tantas esse amigo cobra de Mike um favor: ele precisa ir até o México para buscar o filho do dono da arena, que estaria sendo abusado pela mãe alcoólatra. Relutante a princípio, Mike acha o garoto, mas tem dificuldade para regressar aos Estados Unidos e acaba criando uma relação de cumplicidade com o garoto, ensinando-o a ser um bom homem.

A estrutura de roteiro parece simples, mas em momento algum há peso dramático real. As dificuldades e conflitos aparecem, mas se resolvem em questão de segundos, o que atrapalha o desenvolvimento da história pois não há tensão. Simplesmente tudo se resolve fácil demais. Em determinado momento do filme, Mike está um uma rinha de galo à procura do filho do amigo. A polícia faz uma batida e todo mundo sai correndo, menos Mike e o menino que se escondem atrás de umas caixas. Nesse momento, para criar uma tensão se eles vão escapar ou não, um roteiro colocaria uma cena da polícia vasculhando o ambiente, procurando por pessoas escondidas, não é? Não aqui. A polícia aparentemente nem entra para procurar mais nada e Mike e o garoto saem ilesos. O filme é repleto de momentos como esse, o que atrapalham na relação do espectador com os acontecimentos.

CLINT EASTWOOD como Mike Milo e EDUARDO MINETT como Rafo no drama “CRY MACHO,” da Warner Bros. Credito: Claire Folger Copyright: © 2021 Warner Bros. Entertainment Inc. Todos direitos reservados.

Outra coisa que atrapalha muito com que o filme funcione para o espectador é a suspensão de descrença. Clint Eastwood é uma pessoa que todos conhecem, todo mundo sabe que ele já passou dos 90 anos de idade. Isso é perceptível em tela. Ele se move com dificuldade. Mesmo assim, ele faz o papel de Mike que provavelmente deveria ter pelo menos 70 anos. Então ele faz coisas que não condizem com a sua idade. O personagem tem um sex appeal completamente inverossímil e em situações do filme em que não fazem o menor sentido.

Infelizmente Cry Macho poderia ter algo a mais, passar uma lição de acolhimento, redenção e tudo o mais, mas o roteiro falha miseravelmente em alcançar isso. Diálogos ruins, situações anti-climáticas e resoluções fracas contribuem para isso. Clint merecia um fim de carreira mais digno. Uma pena.

Avaliação: 1.5 de 5.
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Reviews e Análises

Mickey 17 – Crítica

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Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.

Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.

No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.

O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.

Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.

Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.

Avaliação: 4.5 de 5.
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Burburinho

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