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Convenção das Bruxas (2020) – Crítica

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2020 nos trouxe pelo menos uma surpresa boa. A refilmagem de Convenção da Bruxas. O Convenção das Bruxas de 1990, ambos baseados no livro de Roald Gahl, tem um cast incrível com Anjelica Huston, Rowan Atkinson e Jim Carter e virou um clássico de “terror” infantil da sessão da tarde.

Já o diretor da refilmagem, Robert Zemeckis ,tomou para si uma releitura do filme, bem mais baseado no livro, e entrega um novo clássico para a família toda, ainda na pegada do terror infantil. O roteiro, escrito pelo próprio diretor, junto de Jenya Barris e o genial Guillermo del Toro difere em vários pontos do filme de 90.

Bastante divertido, o filme começa com a narração de Chris Rock falando sobre o que aconteceu com ele quando era criança e encontrou uma bruxa pela primeira vez. Essa narração já coloca a plateia num clima de conto para dormir que define o tom do filme muito bem.

Com atuações às vezes caricatas, mas muito bem realizadas de Anne Hathaway e Octavia Spencer, o filme segue a história de uma criança que, junto de sua avó, se encontram em um hotel onde uma convenção de bruxas está acontecendo. Apesar de ser longo demais para o que se propõe, o filme não fica tão pesado e vagaroso, com aquela sensação de que determinada cena mereceria estar no chão da sala de edição.

O filme usa e abusa do CGI para animar os ratinhos nos quais as crianças são transformadas e nas bruxas, que nesse filme tem bocarras disfarçadas por maquiagem. Confesso que o visual remete ao Coringa interpretado por Jack Nicholson no Batman de Tim Burton, mas está lá exatamente para mostrar para as crianças quem é bruxa e quem não é.

Convenção das Bruxas entrega o que promete: é uma divertida história de terror infantil, sem assustar demais e que diverte tanto as crianças quanto os pais.

Avaliação: 4 de 5.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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