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Cinemateca Brasileira recebe a première do doc “Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil, de Lufe Steffen

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Documentário do cineasta Lufe Steffen faz um retrato do jornalismo LGBTQIAPN+ no Brasil desde os anos 1960 até a atualidade

Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil, novo documentário do cineasta, roteirista, escritor e jornalista Lufe Steffen, aborda a história e o impacto de revistas, jornais, fanzines e outros meios jornalísticos feitos por e para a comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil.

A ideia do documentário surgiu em 2020, durante a pandemia, quando Lufe começou a estudar a história da imprensa LGBTQIAPN+, investigação que rendeu um vídeo para o canal do cineasta no YouTube, publicado em 2021. Em 2022, o projeto venceu em 1º lugar um edital do Programa de Ação Cultural de São Paulo (ProAC), o que proporcionou a realização do filme. Em 2023 aconteceram as filmagens, e em 2024 a obra foi concluída.

O documentário, com duração de 110 minutos, apresenta um panorama da imprensa LGBTQIAPN+, do mimeógrafo nos anos 1960 à internet dos dias atuais, e é também um retrato da sociedade brasileira e da evolução dos direitos conquistados por esta comunidade.

O longa conta com depoimentos de jornalistas, sociólogos, antropólogos, historiadores, pesquisadores, escritores e ativistas, incluindo figuras ilustres da comunidade e do movimento LGBTQIAPN+: a atriz e apresentadora Nany People, os escritores João Silvério Trevisan, James Green e Renan Quinalha, os jornalistas André Fischer e Celso Curi, a editora Ana Fadigas, a compositora Cilmara Bedaque, entre outros.

Através dessas falas, o doc resgata as pioneiras publicações abertamente homossexuais nos anos 1960, 70 e 80. Eram produções artesanais e distribuídas de mão em mão, em círculos restritos do país, como O Snob, criado pelo pernambucano Agildo Guimarães no Rio de Janeiro e publicado entre 1963 e 1969, e o zine ChanacomChana, dos coletivos paulistas Lésbico-Feminista e Ação Lésbica-Feminista – do qual faziam parte Rosely Roth e Miriam Martinho. Miriam relata o episódio, em agosto de 1983, que ficou conhecido como o Stonewall brasileiro, quando as ativistas lésbicas, apoiadas por feministas e figuras políticas como o então deputado Eduardo Suplicy, invadiram o icônico point lésbico Ferro’s Bar para ler um manifesto contra a censura do bar, que não permitia a venda do zine no local.

O filme aborda ainda publicações clássicas como a revista Sui Generis, dos anos 1990, e a G Magazine, até chegar na era da internet. Desde o pioneirismo do site Mix Brasil em suas diversas fases, como o BBS, “primitivo” serviço de vídeos na rede, e depois a revista Junior, até o surgimento de diversos blogs, sites, portais, canais no YouTube, programas de TV e veículos da grande mídia, que passaram a abrir espaço para o tema LGBTQIAPN+, com colunas e editorias especificas, já nos anos 2000 e 2010.

O próprio cineasta Lufe Steffen tem sua trajetória profissional como jornalista ligada à história da imprensa LGBT+ no Brasil. Lufe trabalhou por 7 anos no primeiro e maior portal latino-americano direcionado para este público, o Mix Brasil, incluindo a época em que se usava a sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes). Depois, foi jornalista do site e revista impressa A Capa, também focada no universo LGBT+, e chegou a colaborar como free-lancer para a G Magazine. O documentário é mais um filme de resgate jornalístico histórico de Lufe, que estreou em longas com o documentário A Volta da Pauliceia Desvairada (2012, sobre a noite LGBT+ paulistana daquele momento), realizando em seguida o hoje clássico e cultuado São Paulo em Hi-Fi  (2013/2016, sobre a noite LGBT+ paulistana dos anos 1960, 70 e 80). Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil vem, portanto, colocar mais uma peça nesse mosaico da cultura LGBTQIAPN+ brasileira.

Além dos três longas documentais, Lufe Steffen está também lançando seu primeiro longa de ficção, o musical nostálgico Nós Somos o Amanhã (2023, sobre suas memórias escolares nos anos 1980), estrelado por Claudia Ohana, Silvero Pereira e o cantor Rico Dalasam, com uma trilha sonora recheada de clássicos de Xuxa, Turma do Balão Mágico e Rita Lee.

UMA BREVE HISTÓRIA DA IMPRENSA LGBT+ NO BRASIL

Documentário / 110 minutos ( 1h50 ) / Brasil – 2024

Sinopse: Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil é um longa-metragem documental escrito e dirigido pelo cineasta paulistano Lufe Steffen. O documentário traça uma linha do tempo cronológica apresentando os veículos da imprensa brasileira que foram realizados dentro da temática e do universo LGBTQIA+, desde 1963, com o surgimento do fanzine carioca O Snob, até os dias de hoje, com a pluralidade de portais na internet, passando por momentos importantes como o jornal Lampião da Esquina, a Coluna do Meio, o fanzineChanacomChana, as revistas Sui Generis e G Magazine, entre muitos outros.

Serviço

Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil

Documentário de Lufe Steffen
10/10, quinta-feira, às 20h

Cinemateca Brasileira
End.: Largo Senador Raul Cardoso, 57 – Vila Mariana
Entrada Franca

Ficha Técnica
Direção / Pesquisa e Roteiro: Lufe Steffen
Direção de Produção / Produção Executiva: Edu Lima
Direção de Fotografia / Câmera: Matheus da Rocha Pereira
Montagem / Color Grading / Finalização: Marina Franzolim
Motion Design: Tiago Coutinho
Trilha Sonora – Pesquisa & Produção: Angie Lopez
Mixagem de Som: Cauê Custódio
Som Direto: Camila Braune, Henrique Gentil, Thiago Rodrigues
Produção de Set: Robert Litig, Lúcio Wangles
Artes: Nami Tata / Lucila Vilela

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Universal Pictures inicia hoje pré-venda de ingressos do live-action Como Treinar o Seu Dragão

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Com estreia oficial marcada para 12 de junho, a produção contará com sessões antecipadas nos cinemas brasileiros a partir do sábado, dia 7 de junho

Depois de promover a vinda do elenco e do diretor ao Brasil, a Universal Pictures anuncia hoje a abertura da pré-venda de ingressos de Como Treinar o Seu Dragão (How to Train Your Dragon), primeiro live action da história do estúdio baseado na adorada franquia da DreamWorks Animation. O público pode já garantir seus ingressos para sessões antecipadas do filme que chegam aos cinemas a partir de 7 de junho. A estreia oficial no Brasil está marcada para 12 de junho. 

Em comemoração ao lançamento do filme, os fãs da franquia ainda poderão ver de perto, a partir de hoje, uma estátua do Banguela – Fúria da Noite que é protagonista da história. Com 2 metros de altura por 5,2 metros de comprimento, a estátua ficará exposta entre hoje e 25/5 em frente ao Shopping Cidade São Paulo e depois seguirá para outros locais em SP e RJ. 

Inspirada na série de livros best-seller do “New York Times”, de Cressida Cowell, Como Treinar o Seu Dragão se passa na acidentada Ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. No centro da história está Soluço (Mason Thames), o engenhoso e negligenciado filho do Chefe Stoico (Gerard Butler). Desafiando as tradições de seu povo, Soluço forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.  

Ao lado da corajosa e determinada Astrid (Nico Parker) e do excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), Soluço precisa enfrentar um mundo dividido pelo medo e mal-entendidos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco a sobrevivência de vikings e dragões, a amizade entre Soluço e Banguela torna-se a chave para um novo futuro. Juntos, eles devem trilhar o caminho em direção à paz, ultrapassando os limites de seus mundos e redefinindo o que significa ser herói e líder. 

O longa tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 12 de junho também em versões acessíveis. Sessões antecipadas a partir de 7 de junho.  

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