Reviews e Análises
Buscando… (Searching) 2018 – Review – Por Maria Eduarda Senna
O filme conta a história da família Kim. Depois que a sua filha Margot (Michelle La) de 16 anos desaparece, David Kim (John Cho), pede ajuda às autoridades locais, após 37 horas de desaparecimento e sem nenhuma resposta, e nenhuma pista, desesperado, David resolve procurar por mais informações no computador da sua filha, seguindo o seu rastro digital.
E desde o início já somos apresentados a uma família feliz, onde os pais de Margot, registram todos os momentos importantes da vida deles através de fotos e vídeos compartilhado no computador, e e aí que nos surpreendemos com o formato do filme
A história é toda contada através da tela do computador, começando com uma montagem linda e emocionante contando um pouco da história da família Kim, e então que a “nossa geração” a geração dos anos 90 relembra de uma forma nostálgica, o antigo Windows 95. Conforme o tempo vai passando, vamos acompanhando as mudança digital, como uma aula (num excelente sentido) até chegarmos nos dias de hoje no novo formato do Windows e do macOS – o sistema operacional da Apple no MacBook.
Entre facetimes, facebooks, twitters, sites de busca e lives, acompanhamos a trama, que nos é apresentada de uma maneira excepcional, sem cansar, fazendo o expectador definitivamente não despregar os olhos da tela, e se sentir ali dentro, como primeira pessoa, como protagonista.
O roteiro brilhante do estreante e também diretor Aneesh Chaganty, faz com que você não queira perder nenhum detalhe (e já fica uma dica importante PRESTEM ATENÇÃO, DESDE A ABERTURA DO FILME ATÉ LITERALMENTE O FINAL DELE), o roteiro é tão envolvente e bem trabalhado, que soma muito com as atuações que surpreendem a cada “click” e cena que aparece.
Aneesh Chaganty faz um trabalho excelente não só com o roteiro, mas em sua direção, pensando em absolutamente todos os detalhes que são importantes desde a evolução básica da tecnologia e da internet, que são essenciais para a história,até os momentos em que o computador fica em repouso, nos deixando olhando apenas uma tela preta com descansos de imagens, e tudo isso simplesmente casa com a premissa e não é chato nem por um segundo.
Jon Cho (Uma Madrugada Muito Louca e American Pie) me surpreendeu mais do que eu esperava. Conhecido por atuar mais em filmes de besteirol adolescente, realmente não imaginei sentir tão profundo a angústia e agonia que a sua personagem passa em busca da filha desaparecida, assim como a Debra Messing (Muito Bem Acompanhada) que faz um papel maravilhoso e muito bem construído como a Investigadora Vick no caso do desaparecimento de Margot, mas o filme basicamente vai literalmente nas costas de Jon Cho, que novamente merece ser ovacionado por esse trabalho.
O filme também nos faz refletir sobre como estamos suscetíveis a qualquer coisa através de nossa vida dentro do mundo da tecnologia e internet, nos ensina passo a passo como funcionam as coisas de vários pontos de vistas diferentes, nos dão de bandeja todo um aprendizado sobre julgamentos, interpretações de textos, manipulação midiática, TUDO, absolutamente tudo, visto dos dois lados o que acusa e o acusado. É incrível como esse filme consegue abrir a sua cabeça para vários assuntos atuais que TODOS NÓS estamos vivendo ou já vivemos em algum momento.
“Buscando…” é sem duvida uma surpresa mais que positiva e claro uma aula de suspense e mistério, que pelo menos esse ano, não vi acontecer desde “Um Lugar Silencioso”. Um filme que tanto do meu ponto de vista crítico como cineasta é um filme excelente, com uma direção ótima, uma EXCELENTE direção de montagem, uma fotografia bonita, que apesar de estarmos sempre “por detrás da tela do computador” não perde a essência e a beleza que ela de fato tem.
E só para finalizar, a experiência do filme para nós aqui do Brasil absolutamente maravilhosa, graças a Sony Pictures do Brasil que traduziu para o português TODOS os textos, sites e conversas que aparecem na tela do computador (independente do filme ser dublado ou em inglês em seu idioma original) um trabalho absurdamente incrível é que definitivamente foi a primeira coisa que reparei assim que começou o filme, e transformou a minha experiência completamente (de uma forma positiva)
NOTA: 5,0
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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