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Bohemian Rhapsody – Review por Maria Eduarda Senna
Bohemian Rhapsody, que estreia dia 1º novembro, conta a história do sucesso absurdo e estrondoso da banda Queen. Através de um filme biográfico, que nos mostra a trajetória da banda até seu estrondoso sucesso ao longo dos 15 anos de existência. O longa perpassa os processos de criação das mais diversas canções icônicas e dá enfoque da vida do cantor, Freddie Mercury, que veio a se tornar uma lenda, mostrando as suas raízes, paixões, dramas e levemente sua relação com a AIDS.
Apesar do enfoque em Mercury, o filme mostra de uma forma muito sensível o companheirismo e crença própria que os integrantes depositavam em suas ideias e composições. De uma forma ou de outra, fica muito claro o motivo do sucesso de uma banda que acreditava em seu próprio potencial e nas inúmeras possibilidades que o mundo da música poderia trazer para suas canções. Sua característica experimental é revelada ao passo que se nota a relação entre os integrantes.
Que o filme é um deleite para os fãs de Queen, isso não nos resta a menor dúvida. Eu como fã me incomodei com pouca coisa, e não digo que foi bem um incômodo,, mas por saber alguns fatos reais, algumas cenas deram uma leve bagunçada na minha cabeça em termos de imprecisões históricas, como a cena que acontece em 1975 onde Freddie explica “Love of My Life”. É uma cena arrepiante, que demonstra a primeira vez que a banda sente o público cantando mais alto que eles sua música. Contudo, as imagens que passam são do show realizado no Rock In Rio de 1985, imagens reais, o que realmente me confundiu um pouco. O que pra mim talvez não fosse um problema de fato, mas para um fã fervoroso talvez cause um estranhamento.
Sem dúvidas o filme é um deleite aos amantes da 7ª arte. Como cineasta formada e tendo dirigido um filme recentemente, eu, como diretora, busco nos filme características que me acrescentem profissionalmente, que me dêem uma verdadeira aula. Bohemian Rhapsody, apesar da mudança de diretores, me empolgou muito nos aspectos da direção. Bryan Singer havia sido designado para dirigir o longa, mas foi demitido durante a produção pelas notícias de abuso sexual. Assim sendo, o grande Dexter Fletcher assumiu o papel e não deixou a mudança causar grandes mudanças nas cenas. Dexter é um diretor experiente e visionário e conseguiu trazer ao longa a essência da direção proposta que trouxe o ar encantador do filme. A escolha das sequências de planos, cortes e criação da imagem casa com as músicas da banda, criam, definitivamente, a sensação que se espera ao ir ao cinema: de arrepio e emoção.
Um ponto alto para mim foi a caracterização para a construção dos personagens, principalmente por falarmos de pessoas que existiram na vida real e que foram bastante conhecidas. Esse assunto deixo para Alexandra Vinagre, especializada em maquiagem de efeitos especiais e caracterização para Cinema.
“Em termos de coloração e escolha de figurinos, posso dizer que o longa se torna impecável. A forma na qual as cores são trabalhadas durante a evolução da trama trazem o toque de drama, nostalgia, fervor ou tristeza nas cenas. No geral, é possível notar a presença de tons dourados e mais esverdeados, principalmente nas primeiras cenas, em que há a criação do conceito de família para Mercury e a demonstração de sua relação com Mary. A personagem em si (Mary) traz consigo sempre esse ar de “segurança” “aconchego” e “casa” no sentido familiar da palavra para o cantor e isso se traduz muito bem nas escolhas de seu figurino e coloração de imagem. Os tons vermelhos aparecem bastante também, principalmente na personagem de Mercury. Para banda, tons que harmonizam entre si reforçam o caráter de companheirismo entre eles.
A prótese utilizada por Rami Malek, produzida por Jan Sewell traz o ar de perfeição. Jan contratou o especialista em produção de próteses Chris Lyons para replicar os dentes de Mercury. A priori, foi feita uma prótese de mesmo tamanho dos dentes reais, que não couberam no rosto de Malek. Aparentemente, foi necessária muita experimentação para conseguir uma réplica em escala reduzida, que não se tornasse uma distração à atuação de Ramir. Foi feita também uma prótese de nariz para “juntar” os olhos do ator e tornar sua fisionomia mais semelhante à de Mercury. E que surpresa! Eu que sou muito crítica com aplicação de próteses em filmes não percebi nenhuma emenda e não saberia da existência dessa segunda prótese se não houvesse procurado.
Já a parte capilar foi feita pelo artista Alex Rouse. Todas as próteses de cabelo e de bigode (que foram muitos!) foram feitas pelo especialista. Até quando o ator aparece de cabelo curto ele está de peruca!”
A banda composta por Brian May, John Deacon, Roger Taylor e Freddie Mercury, marcaram o mundo também com seu visual. Por isso, a escolha do elenco foi algo que impressionou muito, Gwilym Lee ( “O Turista”), que interpretou Brian May me chocou tanto que eu não sabia se era ou não o músico. Em semelhanças físicas e execução dos seus trejeitos, o mais bizarro nessa comparação é que ele acaba sendo mais parecido com o Brian May do que o próprio Brian May, é incrível!! Joseph Mazzello é bastante parecido com John Deacon e Ben Hardy apesar de não se parecer muito fisicamente com o Roger Taylor nos apresenta um trabalho tão bem feito e estudado, com manias e trejeitos que fazem o diferencial do filme.
Agora ele… Freddie “Fucking” Mercury, como ele mesmo se refere em um certo momento, interpretado por Rami Malek (“Mr. Robot”). Malek é um bom Freddie Mercury e claro que ficou com um papel extremamente difícil, viver Mercury assim não seria nem de longe uma tarefa fácil ou ok… Freddie era um cara excepcionalmente único, fora e PRINCIPALMENTE no palco. Um músico que até hoje para mim, ninguém conseguiu ter a mesma presença de palco e carisma. Os movimentos de Malek convencem em muitos momentos e à semelhança física (alô maquiagem!) atraem muitos olhares minuciosos em busca de algum deslize. É óbvio que tem alguns, mas o trabalho de Malek dá um banho de estudo e aprofundamento da personagem para viver uma figura tão importante e marcante quanto a de Freddie Mercury. A cena da participação do Queen no Live Aid, onde ele é a personificação viva do cantor no palco. Malek foi tão bom que merece ser indicado ao Oscar de Melhor ator.
Bom, com pontos positivos e negativos como todo filme, Bohemian Rhapsody é um misto de emoções para o público, uma obra extremamente bem feita que eu indicaria a qualquer um!!
NOTA: 5,0
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QueIssoAssim 161 – COMO OS BEATLES MUDARAM O MUNDO ONTEM… PARA SEMPRE
É com muito orgulho e felicidade que o QueIssoAssim dessa semana aborda a história e a carreira de uma das maiores bandas de todos os tempos: Os Beatles.
Neste episódio, Brunão, Xaxá, Artur, Miotti e Zitos conversam sobre como John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr ajudaram a mudar o mundo nos anos 60.
Além disso, conversamos sobre Yesterday, filme de Danny Boyle que homenageia a banda fazendo a seguinte pergunta: O que aconteceria se apenas uma pessoa no mundo lembrasse das músicas dos Beatles?
Edição: Brunão
Vitrine: Artur
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