Reviews e Análises
Bem-vindos de novo – Crítica

Documentário biográfico bem pessoal e intimista com uma pegada bem melancólica sobre um drama familiar. Apesar de trazer uma história que não é totalmente brasileira, não deixa de ser, quando se fala do sacrifício que os pais precisavam fazer para criar seus filhos. Apesar de nesse caso caber o termo órfãos de pais vivos, no Brasil temos uma realidade muito forte do termo “órfãos de pais vivos e presentes” que muitas vezes passam mais tempo em seus trabalhos e em transportes do que em casa com sua família. Só quando mais velhos entendemos certos sacrifícios, mas não abona.

O filme é dirigido e roteirizado por Marcos Yoshi, que não possui produções de destaque em sua carreira, e que aqui faz um processo de registro pessoal com uma ótica poética muito bonita. Apesar de ser um festival de angulações de câmera, filme ainda assim não fica cansativo. Como ele busca uma estética documental bem intimista, em muitos momentos você se sente participando das conversas da família. O filme passa pro espectador a carência, o carinho, o afeto que o filme mostra. É aquilo, não é pra grande público, mas é bom de assistir.

O filme tem uma pegada documental pessoal, o que a primeira vista não é atrativo, mas é uma boa história bem contada. Nesse caso fala da família de Marcos Yoshi, uma família de imigrantes Japoneses, que vieram construir suas vidas no Brasil. Quando ainda adolescente, final dos anos 90, viu seus pais irem embora para o Japão para buscar melhor renda e dar uma melhor qualidade de vida. O filme contextualiza isso e então inicia com o retorno desses pais 13 anos depois. Percebe-se a delicadeza na conexão, uma vez que os pais não conviveram com seus filhos crescendo e tão pouco esses filhos que já não tem a mesma intimidade com os pais. As irmãs de Marcos eram menores que ele, então o efeito de distanciamento é ainda maior. Em dado momento é dito: “fiz o filme para conhecer um pouco dos meus pais e hoje vejo que é também para que eles me conheçam um pouco.” E com esse gostinho que sugiro que vocês assistam e depois compartilhe como foi sua experiência.
A nota pra esse filme é 4 de 5. Pelo trabalho redondinho e bem feito.
E o filme estreia dia 15 de Junho nos cinemas.

Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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