Reviews e Análises
Belo Desastre – Crítica
Nada como um romance picante adolescente com um Enzo bad boy pra animar os corações safadinhos esperançosos. Porque tem que ter equilíbrio entre o cafajestismo machista desconstruído com uma pitada de jovem romântico e problemático se encontrando com uma fofa romantiquinha moderna e também problemática. E vale lembrar que esse filme é a adaptação de um livro que tem mais dois pra completar a trilogia. College rules.
O filme é dirigido por Roger Kumble, que também dirigiu “Segundas intenções” de 1999 e “After – Depois da verdade” de 2020. Olha, dever de casa feito. Sem destaque, pegada teen e jovem adulto que se recusa a crescer. Não Tenho críticas a fazer sobre direção e parte técnica, mas nada a destacar. A direção entrega o que promete, o lance é que promete pouco né. Engrossando o catálogo do Netflix and chill.
Sobre o roteiro, tem a assinatura de Roger Kumble e Jamie McGuire, que não tem nenhum trabalho expressivo anteriormente como roteirista. E isso fala muito sobre a construção do roteiro. Tem muita coisa boba. Muita construção da relação do par romântico que parece diário de adolescente pervertido dos anos 00. Existe um plot twist que realmente surpreende e isso é um ponto mega positivo. Apresenta um novo tipo de Enzo bad boy e é isso aí. Raso.
Em questão de elenco e atuação… Bom, é de se notar que são novos atores que estão construindo sua carreira. Fazem um bom trabalho, apesar de perceber que não são muito bons. Mas também não fazem feio. Temos Dylan Sprouse (“After – Depois da verdade” de 2020 e “Meu namorado Fake” de 2022) como o bad boy Travis Maddox. A Virginia Gardner (“Halloween” 2018 e “A Queda” de 2022) faz a jovem bela, recatada e do bar, Abby Abernathy. Temos também Austin North como Shepley Maddox e Libe Barer Como America Mason, como amigos do casal principal e quem taca fogo na lenha pra ver o trem desandar, e donos de cenas divertidíssimas. Brian Austin Green como Mick Abernathy, pai e responsável pelos desajustes da fofa Abby. E Neil Bishop como Parker Hayes, uma pessoa ajustada no meio disso tudo, mas que é retratado como o certinho chato.
Vamos para o que importa, que sobre o que se trata esse filmão. A história da jovem Abby que abandona o pai, porque está cansada de ser a que livra a cara dele de dívidas. Ela vai para a faculdade e encontra sua antiga amiga, America, para ter um novo começo e buscando sua própria jornada. Já na primeira noite conhece o Enzo bad boy chamado Travis “Cachorro louco” Maddox, membro e campeão do clube da luta da faculdade chamado “O círculo”. Daí pra frente fica aquele chove não molha, te quero mas não vou, negando as aparências, disfarçando as evidências, e aquela coisa toda. Vamos ver quem cede primeiro? Pois vou deixar você descobrir.
Essa crítica da 2,5 de 5 para esse filme por se tratar de algo bem bobo e raso.
Ele estreia dia 13 de abril nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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