Notícias
A Pequena Sereia (2023) – Crítica

Confesso que estava com meus dois pés atrás para assistir a versão live-action de A Pequena Sereia. Não tinha curtido muito o que tinha visto nos trailers, a ideia de ver peixes e crustáceos sem feições humanizadas como no desenho me dava arrepios e o histórico de qualidade recente dos live-actions da Disney não me ajudava. Mas eu não contava com a astúcia de Rob Marshall. Ou pelo menos com o que acredito ter sido a visão do diretor.
A escolha de um diretor especializado em musicais atualmente em Hollywood talvez tenha sido o grande acerto desse novo filme, que chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 25 de maio. Marshall, responsável por Chicago e Memórias de uma Gueixa, já tinha me surpreendido com O Retorno de Mary Poppins. A escolha de não mexer demais nos números musicais e deixar as cenas bem parecidas com as originais da animação, ajudou muito a me convencer de que essa versão de A Pequena Sereia está um pouco fora da curva.
A história do filme segue bem a do desenho: Ariel é uma sereia deslumbrada pelo mundo dos seres humanos que, ao salvar um deles da morte certa, decide trocar os oceanos pela terra firme, barganhando com a bruxa do mar, Úrsula. O diferencial é que aqui, conseguir conquistar o beijo do verdadeiro amor do príncipe Eric não vai ser tão simples, por conta de uma trapaça da maléfica feiticeira. Talvez a galera mais progressista reclame da princesa se apaixonando pelo príncipe e dos clichês de contos de fada que aqui foram respeitados. Mas acho que não havia espaço para mudanças drásticas sem atrapalhar o cerne da história.
Outra coisa que ajuda o filme a encantar é a escolha do elenco. Vai ter conservador chiando, mas Halle Bailey encarna com muita competência e carisma a sereia Ariel. Pura, encantada, deslumbrante, com uma voz potente e linda, ela personifica o espírito de querer conhecer o mundo dos humanos que Ariel sempre teve no desenho. Outro destaque vai para Melissa McCarthy como a bruxa do mar Úrsula, que faz o feijão com arroz e não desafina ou destoa do que o papel lhe exige. Estava com medo real dela ficar fazendo piadinha desnecessária, mas no final deu tudo certo.
O filme ainda tem no elenco Jonah Hauer-King que, como príncipe Eric, tem mais destaque do que a sua contraparte animada e ainda ganha uma música nova só pra ele; e Javier Bardem como Rei Tritão que, se não brilha, pelo menos não deixa de ser um personagem imponente.
O elenco só escorrega um pouco na hora dos coadjuvantes de CGI. Os bichos do mar estão bem animados, mas a dublagem não funcionou para mim. Tirando Jacob Tremblay que funciona como Linguado (talvez porque tenha uma participação pequena), Awkwafina como Sabidão e Daveed Digs como Sebastião não funcionam. Não há carisma, não há risadas (apesar de ficarem forçando), não há química, não conseguem chegar nem perto do que são os personagens do desenho original. E nisso, o filme acaba perdendo muito. Não entendi algumas decisões envolvendo esses dois personagens. Sebastião acaba sendo mais um bobo da corte do que o braço direito de Tritão. E o Sabidão passa de uma gaivota doidona no desenho, para um pássaro que parece mais um Mergulhão e é só meio idiota mesmo. Talvez isso melhore um pouco na versão dublada em português, a qual não tive acesso.
O CGI do filme está impressionante. Movimentos fluidos da Ariel e dos peixes, corais e recifes e todo o cenário deixam aquele gosto de magia na sala do cinema. É claro que, em alguns momentos, um olho mais acurado consegue perceber um fundo verde aqui, um efeito mais mal acabado ali. Mas quando o filme já está ficando enjoativo de tanto efeito visual, a coisa melhora e Ariel vai para a superfície, e aí conseguimos ver mais dos novos personagens humanos e menos computação gráfica.

Não posso deixar de falar da adição de alguns números musicais inéditos. O letrista e pau pra toda obra Lin-Manuel Miranda foi chamado para trabalhar com o compositor do desenho original, Alan Menken, e criaram pelo menos mais quatro novas canções que ajudam a aumentar a duração do filme em alguns minutos e adicionam algumas camadas aos personagens de Eric e Ariel.
A Pequena Sereia é um filme encantador, feito para as novas gerações de crianças. É para toda a família ir curtir junto e se divertir muito. Fãs antigos e fãs novos, celebrando a magia Disney, que aqui, ainda bem, foi respeitada. Dito tudo isto, a animação ainda é insuperável.
Notícias
Universal Pictures inicia hoje pré-venda de ingressos do live-action Como Treinar o Seu Dragão

Com estreia oficial marcada para 12 de junho, a produção contará com sessões antecipadas nos cinemas brasileiros a partir do sábado, dia 7 de junho
Depois de promover a vinda do elenco e do diretor ao Brasil, a Universal Pictures anuncia hoje a abertura da pré-venda de ingressos de Como Treinar o Seu Dragão (How to Train Your Dragon), primeiro live action da história do estúdio baseado na adorada franquia da DreamWorks Animation. O público pode já garantir seus ingressos para sessões antecipadas do filme que chegam aos cinemas a partir de 7 de junho. A estreia oficial no Brasil está marcada para 12 de junho.
Em comemoração ao lançamento do filme, os fãs da franquia ainda poderão ver de perto, a partir de hoje, uma estátua do Banguela – Fúria da Noite que é protagonista da história. Com 2 metros de altura por 5,2 metros de comprimento, a estátua ficará exposta entre hoje e 25/5 em frente ao Shopping Cidade São Paulo e depois seguirá para outros locais em SP e RJ.
Inspirada na série de livros best-seller do “New York Times”, de Cressida Cowell, Como Treinar o Seu Dragão se passa na acidentada Ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. No centro da história está Soluço (Mason Thames), o engenhoso e negligenciado filho do Chefe Stoico (Gerard Butler). Desafiando as tradições de seu povo, Soluço forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.
Ao lado da corajosa e determinada Astrid (Nico Parker) e do excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), Soluço precisa enfrentar um mundo dividido pelo medo e mal-entendidos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco a sobrevivência de vikings e dragões, a amizade entre Soluço e Banguela torna-se a chave para um novo futuro. Juntos, eles devem trilhar o caminho em direção à paz, ultrapassando os limites de seus mundos e redefinindo o que significa ser herói e líder.
O longa tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 12 de junho também em versões acessíveis. Sessões antecipadas a partir de 7 de junho.
-
Livros em Cartaz3 semanas ago
Livros em Cartaz 074 – Pedro Páramo
-
QueIssoAssim2 semanas ago
QueIssoAssim 325 – Operação Documentário – Um papo com Rodrigo Astiz
-
Notícias3 semanas ago
Nova série do Disney+ sobre Jean Charles com participação de atriz paulistana Carolina Baroni
-
CO22 semanas ago
CO2 358 – O Resgate Duplo e o Contrabando