Connect with us

Notícias

Jesuíta Barbosa viverá Ney Matogrosso em “Homem com H”

Published

on

Jesuíta Barbosa será Ney Matogrosso em Homem com H

Com informações da assessoria. Foto por Mariana Maltoni.

Com início de filmagens marcado para janeiro de 2024, a cinebiografia “Homem com H” contará com o ator Jesuíta Barbosa na pele de um dos artistas mais revolucionários da música brasileira: Ney Matogrosso. Acompanhada de perto por Ney, que participa do desenvolvimento do projeto e das decisões referentes ao roteiro, a obra conta com produção da Paris Entretenimento e distribuição da Paris Filmes. O ator participa de painel na CCXP23 nesta quinta, às 16h, para falar sobre o projeto.

“O processo de seleção foi concorrido”, diz o diretor e roteirista Esmir Filho, de “Os Famosos e Os Duentes da Morte”, “Verlust”, e da série “Boca a Boca”, da Netflix. “A pesquisa de elenco contou com uma grande lista de possibilidades, entre novos talentos e alguns nomes conhecidos do público. Jesuíta foi o grande destaque e nos pareceu a escolha certa, não só pelo ator maravilhoso que é, mas também por ser um artista performático como Ney”, completa.

Subversivo e livre, o cantor coleciona fãs, sucessos e polêmicas desde a década de 1970 quando surgiu como vocalista do grupo musical Secos e Molhados. Sua influência vai além do cenário musical misturando-se com a cultura brasileira por ser quem é: uma figura naturalmente política. Para Jesuíta Barbosa, interpretar um artista tão icônico quanto Ney Matogrosso nos cinemas é um presente: “Ney é o ícone maior da cena transgressora artística brasileira, uma grande voz na música mundial. Minha felicidade não tem tamanho, é uma alegria quase sacra quando penso que vou olhar e poder experienciar as vivências deste homem incrivelmente delicado, tão importante para este país”, diz o ator.

Homem com H” transitará entre diferentes fases da carreira do cantor passando por sua infância, adolescência, vida adulta e maturidade. O longa é uma jornada através do tempo e acompanha um rapaz de origem humilde apaixonado pela natureza, que se liberta das opressões e figuras de autoridade, quebra preconceitos e se torna um dos artistas mais influentes de sua geração.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notícias

A Hora da Estrela – Crítica

Published

on

Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
Continue Reading

Burburinho

Entretenimento que não acaba! Acompanhe nossos podcasts, vídeos e notícias.
Copyright © 2016-2023 Portal Refil — Todos os direitos reservados.
FullStack Dev: Andreia D'Oliveira. Design: Henrique 'Foca' Iamarino.
Theme by MVP Themes — WordPress.
Política de Privacidade