Reviews e Análises
David contra os bancos – Crítica
Dave era um cara bem legal, pena que não pode dar empréstimo. E é nesse ritmo de humildade que vamos acompanhando a história desse cara que só quer ajudar a comunidade. Um filme família e bem gostoso de assistir, inspirado em fatos mais ou menos reais, como eles mesmo se intitulam. Acredito que inspira ler uma frase que eu quero levar pra vida: “eu posso até tomar um não, mas eles vão ter que dizer o porquê”. Vai dizer que não tem muitas horas que essa é a atitude que queremos ter?
O filme tem a direção de Chris Foggin, que constrói uma narrativa emocionante e divertida com um ritmo agradável de se assistir. E de plano de fundo, um romance relativamente previsível, mas que em nada desmerece o filme. O filme traz um trábalĥo de câmeras básico e uma condução simples e bem feita. A gente gosta do básico bem executado.
No roteiro temos as mãos de Piers Ashworth. Uma história bem contada, envolvente, simples, com um tema de boa reflexão. Apenas isso. Apenas. Veja só. E como fala sobre esperança e boas ações, capturam facilmente nossas emoções. Mas por ser uma história mais cotidiana, não atrai à primeira vista.
Compondo o elenco temos Rory Kinnear como Dave Fishwick, Joel Fry como o advogado Hugh e Phoebe Dynevor como Alexandra (sobrinha de Dave). As atuações remetem bastante a comédias românticas americanas, porém com tom e humor inglês. As cenas são gostosas de assistir e cumprem bem o seu papel, mas nada que destaque.
E o que é a história? Dave é um cara que subiu na vida e hoje é milionário. Nesse processo acabou colaborando com algumas pessoas de sua comunidade oferecendo empréstimos sem que isso se configurasse agiotagem. Seus atos acabaram beneficiando pessoas e inclusive gerando empregos. Foi quando teve a ideia de criar um banco para a comunidade e poder investir mais na comunidade local. Porém abrir um banco não é tão fácil e ele contratou Hugh pra ajudar juridicamente nessa missão. O como essa história se desenrola eu convido você a ir ao cinema descobrir.
O filme estreia dia 28 de setembro nos cinemas
A nota para esse filme é 3,5 de 5, com calorzinho no coração de que ainda existem pessoas boas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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