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Reviews e Análises

David contra os bancos – Crítica

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Dave era um cara bem legal, pena que não pode dar empréstimo. E é nesse ritmo de humildade que vamos acompanhando a história desse cara que só quer ajudar a comunidade. Um filme família e bem gostoso de assistir, inspirado em fatos mais ou menos reais, como eles mesmo se intitulam. Acredito que inspira ler uma frase que eu quero levar pra vida: “eu posso até tomar um não, mas eles vão ter que dizer o porquê”. Vai dizer que não tem muitas horas que essa é a atitude que queremos ter?

“Dave contra os bancos”, Synapse, 2023

O filme tem a direção de Chris Foggin, que constrói uma narrativa emocionante e divertida com um ritmo agradável de se assistir. E de plano de fundo, um romance relativamente previsível, mas que em nada desmerece o filme. O filme traz um trábalĥo de câmeras básico e uma condução simples e bem feita. A gente gosta do básico bem executado.

No roteiro temos as mãos de Piers Ashworth. Uma história bem contada, envolvente, simples, com um tema de boa reflexão. Apenas isso. Apenas. Veja só. E como fala sobre esperança e boas ações, capturam facilmente nossas emoções. Mas por ser uma história mais cotidiana, não atrai à primeira vista.

Compondo o elenco temos Rory Kinnear como Dave Fishwick, Joel Fry como o advogado Hugh e Phoebe Dynevor como Alexandra (sobrinha de Dave). As atuações remetem bastante a comédias românticas americanas, porém com tom e humor inglês. As cenas são gostosas de assistir e cumprem bem o seu papel, mas nada que destaque.

“Dave contra os bancos”, Synapse, 2023

E o que é a história? Dave é um cara que subiu na vida e hoje é milionário. Nesse processo acabou colaborando com algumas pessoas de sua comunidade oferecendo empréstimos sem que isso se configurasse agiotagem. Seus atos acabaram beneficiando pessoas e inclusive gerando empregos. Foi quando teve a ideia de criar um banco para a comunidade e poder investir mais na comunidade local. Porém abrir um banco não é tão fácil e ele contratou Hugh pra ajudar juridicamente nessa missão. O como essa história se desenrola eu convido você a ir ao cinema descobrir.

O filme estreia dia 28 de setembro nos cinemas

Avaliação: 3.5 de 5.

A nota para esse filme é 3,5 de 5, com calorzinho no coração de que ainda existem pessoas boas.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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