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O Porteiro – Crítica

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Como descrever uma coisa que transpassa tanta paixão? Um filme realmente família e leve, com uma construção inteligente. Dá prazer ir ao cinema para ver essa história na tela. E não tô puxando saco, vale a pena. Essa é uma adaptação de uma peça de teatro, e que agora vemos na telona. Apesar de que infelizmente tive alguns probleminhas com o ritmo do filme e isso foi tãão triste.

“O porteiro”, Imagem Filmes, 2023

O filme tem a direção de Paulo Fontenelle, mesmo de “Divã 2” de 2015. A construção aparenta ter deixado bem livre no processo criativo dos atores, porque ficou claro na tela a naturalidade de algumas atuações. Porém a direção deu um tempo muito dilatado para muitas piadas e isso prejudicou o ritmo deixou muitos buracos de silêncio. Realmente é uma pena. É um ritmo que claramente funciona no teatro, mas que na câmera fica tão estendida que enfraquece. Você termina de rir e fica o silêncio.

No elenco temos Alexandre Lino como Personagem principal Waldisney. Temos também Maurício Manfrini, Cacau Protásio, Aline Campos, Daniela Fontan, Rosane Gofman e Alexandre Garcia. Um Elenco muito bom, com uma experiência já conhecida na televisão e nas telonas. Aqui não deixa a desejar, mas com esse problema de estender piada dificulta muito o trabalho deles.

Elenco de “O porteiro”, Imagem Filmes, 2023

O filme conta a história de Waldisney, um porteiro imigrante, que além de dedicado ao serviço é uma pessoa muito bem quista pelos moradores. O filme começa com ele na delegacia acusado de ser facilitador de assalto que aconteceu no prédio, conivente por tráfico de drogas e outras coisas mais que podem levá-lo à prisão. E ele está contando pro delegado tudo que aconteceu neste dia até fazê-lo ir parar na delegacia. E assim conhecemos os peculiares moradores desse condomínio gerido por um síndico profissional. Mas o que aconteceu de verdade? Será que ele realmente é o culpado? Recomendo você ir ao cinema conferir e depois nos diga o que achou.

Esta crítica da nota 3 de 5 para esse filme. Com alegria de quem se divertiu.

Avaliação: 3 de 5.

O filme estreia dia 31 de agosto nos cinemas.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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