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Festival de Gramado anuncia seleção oficial

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“Mussum – O Filmis”, “Uma Família Feliz” e “Tia Virgínia” estão entre os seis selecionados na mostra competitiva de longas-metragens brasileiros

O 51o Festival de Gramado acaba de anunciar os filmes que estão na seleção oficial da edição deste ano. “Mussum – O Filmis”, “Uma Família Feliz” e “Tia Virgínia” estão entre os seis selecionados na mostra competitiva de longas-metragens brasileiros. 

“Mussum – O Filmis”, primeiro longa-metragem para o cinema do diretor Sílvio Guindane, que traz a história de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, e vai além do papel inesquecível do humorista em “Os Trapalhões”, ao lado de Didi, Dedé e Zacarias. Protagonizado por Ailton Graça, com Vanderlei Bernardino no papel de Chico Anysio, e Thawan Lucas Bandeira, Yuri Marçal, Cacau Protasio, Neusa Borges, Jennifer Dias, Késia e Cinnara Leal no elenco, o filme tem roteiro de Paulo Cursino, produção de André Carreira, pela produtora Camisa Listrada, e distribuição da Downtown Filmes.  

Entre os selecionados também está o thriller psicológico “Uma Família Feliz”, dirigido por José Eduardo Belmonte e com argumento e roteiro de Raphael Montes, que também é diretor assistente. O longa traz Grazi Massafera no papel de Eva, uma mulher acusada pela sociedade de ser a principal suspeita dos estranhos acontecimentos que envolvem suas duas filhas gêmeas e seu filho recém-nascido. Para provar sua inocência e ter seu marido, interpretado por Reinaldo Gianecchini, e sua família feliz de volta, ela começa a investigar a situação. O longa é produzido pela Barry Company, em coprodução com Globo Filmes e Telecine, e distribuído pela Pandora Filmes. 

Na mesma categoria concorre “Tia Virgínia”, com Vera Holtz no papel título e também protagonizado por Arlete Salles e Louise Cardoso. Passado em um único dia, quando a família se encontra para celebrar o Natal após a morte do patriarca, o filme conta a história de Virgínia, uma mulher de 70 anos, que nunca se casou ou teve filhos e, convencida pelas irmãs Vanda e Valquíria, mudou-se de cidade para cuidar da mãe idosa. A direção e o roteiro são do premiado Fabio Meira, com produção da Roseira Filmes e da Kinossaurus, e distribuição da Elo Company. No elenco também estão Antonio Pitanga, Amanda Lyra, Daniela Fontan, Iuri Saraiva e Vera Valdez. 

Os filmes serão exibidos entre 12 e 18 de agosto, no tradicional Palácio dos Festivais. A produção escolhida para abrir o evento, em exibição única fora de competição, na noite do dia 12, foi o documentário de longa-metragem “Retratos Fantasmas”, com direção e roteiro de Kleber Mendonça Filho, produção de Emilie Lesclaux para a CinemaScópio Produções e coprodução e distribuição da Vitrine Filmes, de Silvia Cruz e Felipe Lopes. Na noite de 19 de agosto, serão revelados os vencedores de cada categoria. 

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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