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Reviews e Análises

Letras em cena: Adaptações de livros para o cinema em 2018

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Pode parecer que o relacionamento entre Literatura e Cinema é recente, mas não se engane: este afair contabiliza mais de cem anos, e teve início em 1900 com o filme de trinta segundos intitulado Sherlock Holmes Perplexo (Sherlock Holmes Baffled) que trazia a personagem mais conhecida de Arthur Conan Doyle para as salas de projeção.

E como anda esta parceria? Em 2018 mais forte que nunca! Além das continuações  Maze Runner: A Cura Mortal (previsto para 26 de janeiro de 2018) e Cinquenta Tons de Liberdade (previsto para 9 de fevereiro de 2018) outros campeões de vendas sairão das páginas para as telas dos cinemas. Alguns deles são:

 

Com previsão de estreia para 22 de fevereiro de 2018, o longa Aniquilação é baseado no primeiro livro homônimo da trilogia criada por Jeff Vandermeer. No romance conhecemos a área X , um lugar isolado do resto do mundo por décadas e que a cada expedição resulta em acontecimentos estranhos aos seus participantes. A direção fica a cargo do britânico Alex Garland de Ex Machina e Dredd.

 

No romance Roleta Russa de Jason Matthews a protagonista Dominika Egorova tem seu sonho de tornar-se uma bailaria frustrado depois de uma sabotagem. Unindo-se a isso a morte de seu pai, ela é convencida pelo o tio e vice-diretor do serviço secreto russo a entrar para a agência. Mandada para a Escola de Pardais, onde homens e mulheres aprendem técnicas de sedução para fins de espionagem, Dominika tem como sua  primeira missão  conquistar o jovem agente da CIA, Nathaniel Nash para descobrir quem é o traidor russo, seu informante.

A adaptação chega aos cinemas em 2 de março de 2018.

Já adaptado duas vezes pela Disney (uma para a TV e outra para o teatro) o clássico da ficção científica Uma Dobra no Tempo de Madeleine L’Engle tem previsão de chegada aos cinemas em 9 de março de 2018 contando uma história de cumplicidade familiar em que “uma linha reta não é a distância mais curta entre dois pontos”.

A adolescência é uma fase de mudanças, mas Simon quer manter sua zona de conforto, a ponto de não falar para ninguém que é gay. O problema é que ele  começa a ser chantageado por um colega de turma, após este descobrir trocas de e-mails dele e um garoto que se autointitula Blue.

O filme é baseado no livro Simon vs. a Agenda Homo sapiens de Becky Albertalli e terá direção de Greg Berlanti (Fúria de Titãs 2) e data prevista de estreia para 16 de março de 2018.

Steven Spilberg está no comando deste que será o filme com o maior número de referências por película quadrada: Jogador Número 1 é baseado no romance de estreia do roteirista Ernest Cline que nos apresenta uma Terra em 2045, desolada pela fome, guerras e desemprego. O protagonista, Wade Watts, assim como todos de sua geração, tem como única forma de escape a plataforma de game Oasis que é baseada em filmes, videogames e cultura pop dos anos 80.

Jogador Número 1 tem estreia prevista para 30 de março de 2018

Primeiro livro da trilogia The Darkest Minds de Alexandra Bracken, Mentes Sombrias tem previsão para chegar aos cinemas em 14 de setembro de 2018. Nele, somos apresentados a protagonista Ruby que ao completar 10 anos vê sua vida mudar quando é levada para Thurmond, um campo de reabilitação criado pelo governo para cuidar desta geração que possui habilidades especiais.

Baseado na tretalogia Máquinas Mortais de Philip Reeve o filme homônimo tem direção da sul coreana Jennifer Yuh Nelson (Kung Fu Panda). Nela nos são apresentados Tom Natsworthy e Hester Shaw, jovens que vivem em um mundo pós-apocalíptico, dominado por cidades-tração.

A estreia está prevista para  14 de dezembro de 2018

Outras adaptações prevista para 2018, mas que ainda não tem data de estreia são:  A garota na teia de aranha de David Lagercrantz, Cadê você, Bernadette? de Maria Semple, Bel Canto de Ann Patchett.

Ah, e se você ficou curioso em saber como era Sherlock Holmes Baffled  hoje ele está disponível na íntegra no youtube, mas durante anos foi considerado perdido, sendo encontrado em 1968.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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