Reviews e Análises
Creed III – Crítica
Cadê o diretor? Procura-se um diretor. Ou parafraseando Luigi Pirandello: “Seis personagens a procura de um diretor”. Esse é o famoso filme muito bom, porém depende. Mas empolga, anima e as cenas de ação estão muito bem feitas. Além de ter um embate daquele gostoso do B Jordan. Gaato!
O filme é diri… bom, quem senta na cadeira de diretor é o estreante nessa função, Michael B. Jordan. E deixou a desejar pra caceta. A falta de direção é clara em muita coisa. Tem cena fora de foco, mal enquadrada, de contra luz, atores sem condução. Olha… tecnicamente falando uma chuva de erros primários. com tudo isso cagado, vou nem dizer que tem horas que o CGI fica visível. Ah.. claro! Lens flare que vaza o Chroma Key. Ou seja, o gostosão lá na frente da câmera estava lindo, mas fez falta na condução da coisa toda.
O roteiro é de Ryan Coogler, que foi redator de “Creed I: Nascido para lutar” de 2015 e “Creed II” de 2018, além de “Pantera Negra” de 2018. Acompanhado dele temos também Zack Baylin, redator de “King Richard: Criando campeãs” de 2021, e Keenan Coogler, de “Space Jam 2: Um novo legado” de 2021. E assim, o roteiro está bom, bem construído, tem uma estrutura dramática bem boa e as camadas da história contada aqui foi bem desenhadinha. Mas na execução, ‘faiô’. Ficou no quase em muita coisa, quando se tratava de drama. Uma pena.
De elenco, temos uma galera boa de ver na tela. Temos a família principal com Michael B Jordan (que fez “Pantera Negra”, 2018, e os dois primeiros filmes de Creed) como Adonis Creed, Tessa Thompson (“Vingadores Ultimato” de 2019 e “MIB Homens de Preto – Internacional” de 2019) como a esposa de Adonis chamada Bianca e Mila Davis-kent como Amara que é filha do casal Creed em seu primeiro grande trabalho. Wood Harris (“Blade Runner 2049” de 2017 e os outros dois filmes de Creed) como Tony Little Duke, que é o treinador chefe na academia de Adonis Creed. Temos o prata da academia de Adonis e atual Campeão Jose Benavidez (Lutador profissional, mas sem experiência como ator) no papel de Felix Chaves e sua mãe Selenis Leyva (“Orange is the new Black” de 2013 -2019) como Laura Chavez. Phylicia Rashad (“Jogada certa” de 2010 e os outros filmes de Creed) como mãe de Adonis, Mary-Anne Creed. E por fim o Jonathan Majors (“Irmãos de honra” de 2022 e “Homem-formiga e a vespa: Quantumania” de 2023) como um amigo de infância de Adonis que volta para aprontar altas confusões e seu nome é Damian Anderson. E o elenco funcionou porque tem qualidade, mas faltou condução. As cenas que realmente funcionaram muito bem dirigidas, são as de luta.
E sobre o que é, você já sabe. A fórmula não é tão incrível assim e segue a jornada de Rocky Balboa. Mas aqui mostra um momento do jovem Adonis Creed e seu amigo Damien Anderson se metem em uma confusão, uma das grandes. A vida de Adonis segue e vemos o cara aqui como uma versão empresário, até que esse seu amigo reaparece depois de 18 anos preso. E ele pede ajuda pra Adonis Creed pra voltar a lutar. O fantasma do que aconteceu aquela noite, quando jovens, o retorno de seu amigo de infância, os dramas familiares problemas como universo do boxe desestruturam Creed, e Adonis precisa fazer escolhas difíceis e se reerguer como o grande lutador e homem que é. Mas vou deixar você assistir pra saber mais.
Essa crítica dá 2 de 5, porque realmente empolga.
O filme estreia dia 02 de março nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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