Reviews e Análises
Os 30 anos de Curtindo a Vida Adoidado – Parte II
Olá, tudo bem?
Como prometido, segue a parte de dois desse clássico gostosinho da Sessão da Tarde. Esta, dedicada somente as curiosidades do filme. Então se segura aí que vai ser mais louco que manobrista pegando carro dos outros.
Uma coisa importante que esqueci na parte I, a dublagem brasileira é sensacional. Créditos e glórias aos incríveis:
Nizo Neto (Ferris Bueller), Rodney Gomes (Cameron Frye), Nair Amorim (Sloane Peterson), Míriam Ficher (Jeanie Bueller), Fátima Mourão (Katie Bueller), Júlio César (Tom Bueller) e Sérgio Galvão (Edward Rooney).
Vamos lá.
Curiosidades
A escola do filme realmente existe.
E foi onde o criador do filme estudou, a Glenbrook North High School em Northbrook, Illinois está até hoje lá, firme e forte.
Foto escola Alan Light ( a Glenbrook North High School na vida real)
John Hughes escreveu Ferrys com Matthew Broderick em mente.
O diretor disse que somente Broderick seria capaz de dar vida à personagem, uma vez que ele reunia a inteligência e charme necessários para o papel.
Hughes preparou o roteiro em menos de uma semana.
Com Gatinhas e Gatões (que título heim?) e Clube dos Cinco engatilhados, o Rei da Sessão da Tarde precisou entregar a primeira versão de Curtindo a vida em apensas seis dias.
Molly Ringwald não era refinada.
De acordo com a ruiva mais querida dos anos 80, houve interesse por parte dela em interpretar a namorada de Ferrys. Porém, ao saber que o papel seria secundário, desistiu. Outra versão aponta que Hughes dispensou a atriz pois não achava-a elegante suficiente para interpretar Sloane.
Alan Ruck and Broderick já eram amigos antes das filmagens.
Os dois atores já tinham atuado juntos no musical Biloxi Blues na Broadway em 1985.
O modo como Cameron fala com Sr. Peterson ao telefone foi baseado em uma pessoa conhecida.
Ruck imitou o seu diretor na Broadway, Gene Sacks, na hilária cena em que Cameron dá um esporro no diretor da escola ao se passar pelo pai de Sloane.
O filme é uma homenagem à Chicago
Hughes descreve Curtindo a Vida Adoidado como uma “Carta de amor” para Chicago, sua cidade natal. Antes de nos deixar em 2009, o diretor costumava a dizer: “Chicago é o que sou”.
Cameron foi inspirado em uma pessoa real
A personagem de Ruck foi idealizada com base em um amigo hipocondríaco de Hughes, que era negligenciado pela família.
Emilio Esteves (Jovens Pistoleiros) e Antony Michael Hall (Clube do Cinco) foram cogitados para o lugar e Ruck.
O que se conta é que ambos dispensaram a oferta pois não queria interpretar uma pessoa com problemas psicológicos.
As placas dos carros fazem referências à vários clássicos de John.
Se você é um grande fã do filme, deve ter percebido que várias placas de veículos remetem a outros filmes:
Exemplo: ‘VCTN’ (National Lampoon’s Vacation – Férias Frustradas), ‘TBC’ (The Breakfast Club) e ‘4FBDO’ (Ferris Bueller’s Day Off).
Srta Grace foi sua própria cabelereira.
A atriz Edie McLurg, a secretária do colégio, optou por ela mesma cortar o cabelo ao estilo anos 60 e o resultado ficou bom.
O jogo de beisebol aconteceu de verdade.
A cena em que os três assistem o jogo foi feita durante uma partida real entre Chicago Cubs e Atlanta Braves. Infelizmente o time da casal perdeu.
Um economista como professor.
O economista Ben Stein foi escolhido para interpretar o professor de Ferrys, segundo a produção ele era o estereótipo perfeito de um profissional de sala de aula. Além disso, a aula que ele leciona é uma aula de economia real.
O filme virou série.
Infelizmente a NBC teve a brilhante ideia de em 1990 de fazer uma série que mostraria a Ferrys Bueller antes de virar o Rei da Salsicha de Chicago.
É algo tão ruim que não merece tantas palavras.
O diretor Amadeus
Foi por seu papel em Amadeus que o Jeffrey Jones foi escolhido para encarnar o diretor Rooney, no caso, o papel predecessor foi o do Imperador José II
A parada foi real
A famosa parada ao som de Danke Schoen e Twisted and Shout é verdadeira, celebra o dia de Von Steuben, sempre no terceiro sábado de setembro. A parada ocorre em várias cidades americanas e celebra a colonização alemã na região.
A enfermeira pioneira
A enfermeira que retira Sloane da sala de aula se chama Florence Sparrow, uma homenagem a Florence Nightingale, considerada a mãe da enfermagem moderna.
Bueller diva do closet
Ele troca nove vezes de roupa somente na cena em que ele discursa no início do filme.
Don’t you…
Em seu quarto, o protagonista possui vários pôsteres, entre eles um da banda escocesa Simple Minds, que foi levada ao estrelato depois de cantar o hit Don’t You (Forget about me), música tema de Clube do Cinco, outro clássico de Hughes.
Somente a produção sabia da cena.
O público e demais membros da parada não sabiam da filmagem, isso inclui as autoridades locais, o que deixou todo mundo maluco, mas teve um resultado excelente.
Outro dia do chucrute
Hughes queria filmar mais um dia para ter mais tomadas da parada, assim anunciou em uma rádio local pedindo voluntários para comparecerem ao local de gravação. O chamado deu certo, dez mil pessoas foram no domingo seguinte ao desfile oficial.
Thriller
A cena coreografa nas escadarias do centro de Chicago foi uma homenagem ao hit de Michael Jackson.
John vs Danke Schoen
A canção de Wayne Newton sempre foi uma das mais odiadas do diretor, por causa disso ele fez questão que o resto do mundo conhecesse esse clássico da música americana. Masoquista ele, não é?
Os Beatles agradecem
Por causa da ÉPICA cena da parada, o hit do quarteto de Liverpool voltou a ser primeiro lugar nas paradas americanas. E não é por menos, quem nunca dançou Twisted and Shout em casamentos?
O filme batizou duas bandas.
Uma banda de ska chamada Save Ferris e outra, de rock, chamada Rooney.
Charlie Sheen virado
Eu tenho minhas dúvidas com relação a isso, mas se estão falando… Quem sou eu na fila do pão para não acreditar.
Para fazer a sua participação no fim do filme, Sheen ficou acordado por 48 horas com o objetivo de parecer o mais “estragado” possível.
Acho que na verdade ele ficou daquele jeito umas duas horas antes de filmar, o histórico dele não ajuda muito a manter uma credibilidade.
Volta Ferrys
Sempre se especulou uma sequência do filme, mas todos sabem que sem Hughes os atores não teriam coragem de seguir com o projeto. Entretanto, durante um dos intervalos do SuperBowl de 2012, Broderick gravou um comercial cheio de referências para a montadora Honda. Você confere uma versão legendada aqui
Gente espero que tenham gostado, até o próximo Os 30 anos…
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
-
Reviews e Análises2 semanas ago
Megalópolis – Crítica
-
Reviews e Análises2 semanas ago
Ainda Estou Aqui – Crítica
-
CO23 semanas ago
CO2 333 – Multa no Vulcão e o Pai Congelado
-
Notícias2 semanas ago
Warner Bros. Pictures anuncia novas datas de lançamento para os filmes Acompanhante Perfeita e Mickey 17