Reviews e Análises
Ingresso para o Paraíso – Crítica
George Clooney e Julia Roberts estrelam essa comédia romântica clichêzuda dirigida e escrita por Ol Parker. E esse é o principal motivo pelo qual você não pode perder de assistir. Ué, mas não é clichê? É. Mas o carisma dos dois vale cada minuto assistido.
A história é simples: um casal divorciado há 20 anos e que se odeiam, viajam para Bali para impedir o casamento da filha que acabou de se formar na faculdade, pois querem evitar que ela cometa o mesmo erro que eles acreditam ter cometido. E daí pra frente, como eu já falei que é uma comédia romântica clichê você matou todo o resto. Mas como diria a Lisbela, o importante não é o que acontece e sim como acontece e quando acontece.
O destaque principal vai para George Clooney. Carismático, engraçado, charmoso e mais galã do que nunca, toda vez que ele abre a boca o filme brilha. Julia Roberts também está ótima como a mãe amorosa e protetora, mas ao mesmo tempo mulher livre e independente, que cresceu em sua carreira. E como continua linda.
O filme então se desenrola como uma bela Sessão da Tarde. Sem muitas surpresas, com muitas risadas e pronto. Bem dentro da caixinha, mas que funciona bem graças ao carisma dos protagonistas. E é isso. Pipocão, refrigerantão, aquela melhor companhia e vai!
PS: Fique para os erros de gravação nos créditos!
PS2: Eu queria ser amigo do George Clooney
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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