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Gibiteca Refil

#Batman80anos – Era Tim Burton

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Batman (1989)

Depois de quase vinte anos sem nenhuma produção audiovisual baseada no Homem Morcego (a última tinha sido a série protagonizada por Adam West) no exato ano de 1989, com roteiro de Sam Hamm e Warren Skaaren, Tim Burton decola nos cinemas com o filme intitulado Batman.

Protagonizado pelo queridinho de Burton da época – o ator tinha participado de Os fantasmas se divertem – o franzino Michael Keaton foi escolhido para o papel título, que tinha como vilão o arqui-inimigo do herói, o Coringa, sendo vivido por Jack Nicholson.

A história

cuidado: contém spoilers

Na trama, o garotinho de oito anos Bruce Wayne é testemunha do assassinato de seus pais por um ladrão comum, para vingar-se decide, quando adulto, utilizar a grande fortuna que herdou para trocar porrada com a marginália de sua cidade Gotham City. Em uma dessas saídas, Batman acaba por derrubando um bandido em um tonel de produtos químicos. O homem acaba com o rosto desfigurado e louco. Assim surge o Coringa.

Para que todos tenham o rosto desfigurado como o dele, Coringa inclui na fórmula de cosméticos, resíduos que, se combinados, fazem com que seus usuários fiquem com um sorriso no rosto. Batman, descobre as combinações e com a ajuda da jornalista – e interesse romântico – Vicki Vale (Kim Basinger) divulga na TV.

O final é bem anos 80: Batman mata o Coringa jogando-o de um prédio. 

Repercussão

A bilheteria de Batman arrecadou nos EUA o montante de US$ 251,188,924 e no resto do mundo US$ 160,160,000, isto, claro, sem contar o quanto a Warner Bros ganhou com merchandising da marca: tudo tinha o símbolo amarelo e preto do morcegão: canecas, camisetas, toalhas, cadernos, entre outros produtos.

Quanto aos prêmios, a obra de Tim Burton levou o Oscar de Melhor direção de Arte e o People’s Choice Awards de Filme favorito e Filme dramático favorito. Quem duvidava que viria uma sequência, acabou tendo que dar o braço a torcer, porque ela veio…

Batman – O Retorno (1992)

A sequência de Batman intitulada Batman – O Retorno  estreou em 1992 com roteiro de Daniel Waters, trazendo mais personagens do universo do Homem-Morcego como Pinguim, vivido por Danny DeVito e a Mulher-Gato, vivida por Michelle Pfeiffer em uma ambientação maravilhosa de Gotham, muito mais sombria e azulada que a anterior, mas com um roteiro arrastado e absurdos como Selina Kyle ressuscitando após ser lambida por gatos e o Pinguim sendo carregados por Pinguins Imperador após a morte.

A história

O empresário Max Shreck (Christopher Walken) pretende eleger o deformado candidato Oswald Cobblepot, o Pinguim, com a intenção de manipulá-lo para conseguir erguer uma usina nuclear para sugar energia de Gotham. Uma das formas que Max utiliza para conseguir seu intento é colocar toda a cidade de Gotham contra Batman. Além disso, o novo interesse romântico do Homem-Morcego, Selina Kyle, quer vingar-se de Shreck, que a atirou do prédio, após ela confrontá-lo sobre suas reais intenções na eleição de Pinguim.

Repercussão

Batman – O Retorno é decididamente o filme mais ao estilo Burton do Homem Morcego: ambientação sombria e um Freak Show frenético, talvez por ser o último tendo ele na direção, que continua apenas na produção dos filmes posteriores. Esse também é o último filme com Michael Keaton sob o capuz de Batman, tendo como sucessor Val Kilmer, em Batman – Eternamente.

A produção ganhou o BMI Film & TV Awards na categoria Melhor Musica e o Saturn Awards na Categoria Melhor Maquiagem.

Mesmo o longa não tendo o mesmo apelo com o público que o primeiro filme – a bilheteria foi de US$ 162,831,698 nos EUA e no restante do mundo US$ 103,990,656 – e duras críticas dos fãs, uma nova sequência foi produzida e não tínhamos ideia do que nos esperava…

E aqui, no Portal Refil?

Os filmes da Era Tim Burton passaram algumas vezes pelo crivo dos participantes aqui da casa. São elas:

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Gibiteca Refil

#MulherMaravilha80anos – Do Polígrafo ao Laço da Verdade

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“Bela como Afrodite; sagaz como Atena; dotada da velocidade de Mercúrio e da força de Hércules – nós a conhecemos como Mulher-Maravilha. Mas quem pode nos dizer quem é ela ou de onde ela veio?” – All-Star Comics, dezembro de 1941

A Mulher-Maravilha não foi a primeira super-heroína dos quadrinhos e definir esse posto é algo bastante complexo. Levando-se em conta o que entendemos como super-herói (ter uma identidade secreta, poderes e usar um uniforme) o consenso é que a primeira super-heroína dos quadrinhos é a Hawkgirl, conhecida por aqui como Mulher-Gavião. Como explicar, então, que tamanha popularidade de Diana faça com que nem cogitemos acreditar nisso? É simples: o conceito.

Muitas personagens femininas foram criadas a partir do clichê Ms. Male Character, isto é, a versão feminina de uma personagem masculina. Shiera era a versão feminina do Gavião Negro, além de sua parceira amorosa, assim como as primeiras concepções de Miss Marvel e Batwoman. A Mulher-Maravilha já foi criada como uma personagem independente, com seu próprio mundo fictício e histórias em consonância com as discussões do período.

A primeira aparição de Diana no universo DC se deu em dezembro de 1941 na All-Star Comics número 8. Essa ainda não contava a origem da personagem, mas a história das Amazonas e o motivo delas irem parar em Themyscira. A narrativa do nascimento de Diana, que permaneceria intacta até sua reformulação pós-Crise, seria apresentada apenas em Wonder Woman número 1: esculpida por Hipólita, a partir do barro de Themyscira, a escultura desperta na Rainha das Amazonas um sentimento profundamente maternal e o desejo de que a forma tome vida, em uma releitura do mito de Pigmaleão e Galatéia. Afrodite atende ao pedido de Hipólita, trazendo a criança à vida, dando-lhe o nome de Diana, em homenagem a irmã gêmea de Apolo, deusa da Lua e da caça. O que nos faz pensar: como seus criadores chegaram a essas referências?

“Sinceramente, a Mulher-Maravilha é propaganda psicológica com vistas ao novo tipo de mulher que, na minha opinião, deveria dominar o mundo.”  William Moulton Marston, março de 1945

A criação da personagem é atribuída ao roteirista Charles Moulton, pseudônimo do psicólogo William Moulton Marston, conhecido também como o inventor do polígrafo (a máquina da verdade). Já a concepção visual ficou a cargo de Harry G. Peter. Sempre esquecida nesta equação, porém, estava Elizabeth Holloway Marston esposa de William Marston e a quem o próprio se referia como coautora da personagem.

A luta pela igualdade feminina, presente nas primeiras histórias da Mulher-Maravilha – segundo Jill Lepore na biografia A história secreta da Mulher-Maravilha – remonta os primeiros anos de Marston em Harvard com o movimento pelo voto feminino e, principalmente, após ele ter ouvido a palestra da sufragista inglesa Emmeline Pankurst. Quase impedida de falar na universidade, simplesmente por ser mulher, Pankurst deixou Marston “fascinado, emocionado”. Já as referências gregas, possivelmente vieram de Holloway que amava a língua e as histórias que estudou em seus anos no ensino médio.

Desde a palestra de Emmeline Pankurst, a Mulher-Maravilha levou três décadas para aparecer, quando o seu principal idealizador já tinha 48 anos. Marston, após afirmar que via nos quadrinhos um grande potencial educacional, tornou-se uma espécie de psicólogo consultor da DC Comics. Foi aí que sugeriu ao editor Max Gaines uma super-heroína. A resposta inicial de Gaines foi dizer que personagens pulp e de quadrinhos femininas sempre eram um fracasso. Marston engendrou em argumento todos os anos em que defendeu os direitos das mulheres, recebendo a resposta “fiquei com o Superman depois que todo syndicate do país recusou. Vou dar uma chance a sua Mulher-Maravilha!”. Como condição o próprio Marston deveria escrever as histórias e se depois de seis meses os leitores não gostassem, essa seria descontinuada. Parece que acabou dando certo!

Como dito, Mulher-Maravilha não foi a primeira super-heroína, de fato, mas acredito que se tornou a primeira super-heroína por direito. Assim, convido você a comemorar durante os próximos meses os 80 anos de suas histórias e imaginário criados para a princesa amazona.

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