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Ministério da Cultura abre inscrições para pontos de exibição e cineclubes da Mostra Difusão

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Evento integra programação da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos

O Ministério da Cultura (MinC) abre na quinta-feira, 15, até o dia 23 de fevereiro, as inscrições para o credenciamento de pontos de exibição e de cineclubes que queiram participar da Mostra Difusão, que faz parte da programação da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos. O evento acontece de 25 de março a 24 de abril e será disponibilizado por meio de plataforma streaming Innsaei܂tv, com exibição gratuita. As inscrições serão realizadas pelo site Mapa da Cultura.

A Mostra Difusão faz parte da programação da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos (MCDH) iniciada em dezembro de 2023, no Cine Arte UFF, em Niterói (RJ), com o tema Vencer o ódio, semear horizontes. O objetivo é promover debates sobre temas como prevenção e combate à tortura e ao genocídio, democracia e enfrentamento ao extremismo, direito à participação política, segurança, diversidade religiosa, memória, verdade, saúde mental, cultura e educação.

Exibição 

Para a qualificação dos pontos de exibição e dos cineclubes na Mostra Difusão, os espaços precisam dispor obrigatoriamente de equipamentos de projeção e sonorização, e acesso à internet de banda larga para reprodução dos filmes direto da plataforma streaming. As películas devem abordar pautas como os direitos de mulheres, idosos, crianças e jovens, pessoas com deficiência, população em situação de rua, povos indígenas e comunidade LGBTQIA+.

A Mostra Cinema e Direitos Humanos é realizada pelos Ministérios da Cultura (MinC) e dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), com produção do Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Para outras informações ou em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail 13mcdh܂difusao@cultura܂gov܂br.

Cinema e Direitos Humanos

Na defesa dos direitos humanos, a cultura é uma forte aliada para promover debates, para apresentar vivências possíveis, para resgatar a nossa memória histórica e para agregar pessoas em prol de uma sociedade mais diversa e tolerante. Assim, MinC e MDHC unem-se potencializando o poder simbólico do audiovisual nacional para abrir caminhos para a promoção da dignidade humana e da justiça social.

A iniciativa está em consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), de ampliar e diversificar a produção de materiais pedagógicos e didáticos para educação em direitos humanos, e do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), de estimular a popularização dos direitos humanos através de produções culturais.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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