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Five Nights at Freddy’s conquista marca de melhor estreia de terror em 2023
Em apenas quatro dias de exibição, longa da Universal Pictures e Blumhouse já levou mais de 1 milhão de fãs aos cinemas
O novo longa da Universal Pictures mal estreou nas telonas de todo o país e já conquistou excelentes índices em seu primeiro final de semana de exibição. Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim, feito pela Blumhouse, se tornou a melhor estreia de um filme de terror de 2023, além de ter liderado as bilheterias durante seus quatro primeiros dias de exibição, levando mais de 1 milhão de pessoas para as salas de cinema.
Arrecadando R$ 20,3 milhões durante o período, a produção desbancou M3GAN e se tornou ainda o maior filme da Blumhouse no país, além de ser a segunda maior abertura de um filme baseado em um jogo, atrás somente de Super Mario Bros. – O filme.
Inspirado na famosa série de jogos eletrônicos de mesmo nome, o longa conta a história de um segurança que, ao começar a trabalhar na Pizzaria Freddy Fazbear, nota que há algo de errado com o local.
Com uma narrativa assustadora, cheia de mistérios e recheada de suspense, Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim conta com a participação de Josh Hutcherson (série Ultraman, franquia Jogos Vorazes), Elizabeth Lail (série You, Mack & Rita), Piper Rubio (Holly & Ivy, série Unstable), Kat Conner Sterling (Fantasma e Cia, série 9-1-1), Mary Stuart Masterson (série Blindspot, Tomates Verdes Fritos) e Matthew Lillard (série Good Girls, Pânico).
Nova produção da Universal Pictures em parceria com a Blumhouse e associação com a Striker Entertainment, o longa está disponível nos cinemas de todo país, também em versões acessíveis. Para mais informações, consulte os cinemas da sua cidade.
Sobre o filme:
Você consegue sobreviver por cinco noites?
O assustador fenômeno dos jogos de terror, “Five Nights at Freddy’s” (FNAF), se torna um evento cinematográfico arrepiante, já que a Blumhouse – produtora de M3GAN, O Telefone Preto e O Homem Invisível – traz a adaptação Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo sem Fim para as telonas.
O filme acompanha um guarda de segurança problemático que começa a trabalhar na Pizzaria Freddy Fazbear. Já no primeiro dia, ele percebe que o turno da noite no Freddy’s não será tão fácil assim.
Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo sem Fim é estrelado por Josh Hutcherson (série Ultraman, franquia Jogos Vorazes), Elizabeth Lail (série You, Mack & Rita), Piper Rubio (Holly & Ivy, série Unstable), Kat Conner Sterling (Fantasma e Cia, série 9-1-1), com Mary Stuart Masterson (série Blindspot, Tomates Verdes Fritos) e Matthew Lillard (série Good Girls, Pânico).
Dirigido por Emma Tammi (Terra Assombrada, Blood Moon), o roteiro de Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo sem Fim foi coescrito pela cineasta, Scott Cawthon e Seth Cuddeback.
Os icônicos personagens animatrônicos do filme foram criados pela Creature Shop, de Jim Henson. Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo sem Fim tem produção de Jason Blum e Scott Cawthon, com produção executiva de Bea Sequeira, Russell Binder, Marc Mostman e Christopher H. Warner.
A Universal Pictures apresenta uma produção da Blumhouse, em associação com a Striker Entertainment, Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo sem Fim.
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A Hora da Estrela – Crítica
Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.
Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.
O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.
A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.
As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.
“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.
Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.
Nota 5 de 5
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