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Confira o trailer oficial de “Pedágio”, novo filme de Carolina Markowicz, vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival de Roma no último sábado (28/10)

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Nos cinemas a partir do dia 30 de novembro, longa foi o maior vencedor no Festival do Rio 2023, com quatro troféus, além de percorrer renomados festivais internacionais,
como os de San Sebastián, Vancouver, Bordeaux e Toronto, onde a diretora foi homenageada com o Tribute Award, na categoria Emerging Talent

A cineasta Carolina Markowicz lançou nesta segunda-feira (30/10) o trailer oficial de “Pedágio”, o segundo longa-metragem de sua carreira, poucos dias depois de conquistar o prêmio de Melhor Filme no Festival de Roma, no último sábado (28). A produção mais premiada na última edição do Festival do Rio – onde conquistou os troféus de melhor atriz (Maeve Jinkings), ator (Kauan Alvarenga), atriz coadjuvante (Aline Maria Marta) e direção de arte (Vicente Saldanha) – chega aos cinemas no dia 30 de novembro. Além de uma marcante passagem pela Mostra de Cinema de São Paulo, o filme vem também consolidando uma ótima carreira internacional, com exibições nos festivais de San Sebastián, VancouverBordeuax e Toronto – no qual a diretora se tornou o primeiro nome latino-americano da história a receber o prestigiado Tribute Award, na categoria Emerging Talent, ao lado de nomes como Spike Lee, Pedro Almodóvar e Patricia Arquette.

Produzido pela Biônica Filmes e O Som e a Fúria, coproduzido pela Globo Filmes e Paramount Pictures e distribuído pela Paris Filmes, o novo projeto conta a história de uma atendente de pedágio que, inconformada com a orientação sexual do filho, comete delitos na tentativa de financiar uma cura para a sua “doença”. Único longa brasileiro de ficção na programação do festival, “Pedágio” retrata a opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+, diante das incoerências e atrocidades promovidas – de forma mais explícita nos últimos anos – por alguns setores da sociedade.

“Em pleno 2023 com todos adventos, tecnologias e avanços, chega a ser chocante a preocupação com quem o outro se relaciona sexualmente. O fosso conservador que vivemos nos últimos tempos serviu para deixar bem à vontade cada indivíduo que se achasse no direito de proferir críticas e até agressões à população LGBTQIA+”, analisa Carolina, que também assina o roteiro da produção. “Além da violência, há práticas absurdas e patéticas, como as retratadas pelo filme, que parecem ser ficção, mas estão muito próximas à realidade surreal do brasileiro LGBT, gerando sequelas físicas e emocionais irreparáveis.”

O longa, que a diretora descreve como “um drama permeado por humor ácido”, participou de relevantes laboratórios de apoio ao desenvolvimento audiovisual, como o Tribeca All AccessTorino Film Lab e Berlinale Coproduction Market.

Neste ano, a cineasta conquistou ainda um troféu na última edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, na categoria Primeira Direção, com o seu filme de estreia “Carvão” (2022), que também foi indicado pela Academia de Brasileira de Artes e Ciências Cinematográficas para representar o país na 38ª edição do Goya, na Espanha, uma das mais importantes premiações do cinema europeu.

Sinopse

Suellen, cobradora de pedágio, percebe que pode usar seu trabalho para fazer uma renda extra ilegalmente. Mas tudo por uma causa nobre: financiar a ida de seu filho à caríssima cura gay ministrada por um famoso pastor estrangeiro.

Ficha Técnica

Direção: Carolina Markowicz
Roteiro: Carolina Markowicz
Empresas produtoras: Biônica Filmes, O Som e a Fúria
Empresas coprodutoras: Globo Filmes, Paramount Pictures
Distribuição: Paris Filmes
Produção: Karen Castanho, Luís Urbano, Bianca Villar, Fernando Fraiha, Sandro Aguilar
Produção associada: Jorge Furtado
Coprodução: Carolina Markowicz, Mario Peixoto, Thalita Zaher
Produção executiva: Chica Mendonça, João Macedo
Direção de arte: Vicente Saldanha
Direção de fotografia: Luis Armando Arteaga
Som direto: André Bellentani
Trilha sonora: Filipe Derado
Edição: Lautaro Colace; RicardoSaraiva
Figurino: Marcia Nascimento
Elenco e personagens: Maeve Jinkings (Suelen), Kauan Alvarenga (Tiquinho), Thomás Aquino (Arauto), Aline Marta Maia (Telma), Isac Graça (Pastor Isac)

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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