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Mussum, o filmis – Crítica
“Mussum, o filmis” conta a história da vida do eterno e saudoso Antônio Carlos Bernardes Gomes. Mas antes de ser uma biografia cinematográfica, é uma carta de amor a essa grande e folclórica personagem brasileira. Baseado no livro de Juliano Barreto “Mussum: Uma História de Humor e Samba”, o filme foca em três períodos da vida de Antônio Carlos.
A primeira fase, na infância, quando era Carlinhos e foi colocado em escola em regime de internato, para que pudesse focar nos estudos. A segunda, quando era o Carlinhos do Reco-Reco e fez sucesso como músico profissional no grupo Os Originais do Samba. E no terceiro momento, já batizado de Mussum, como astro da televisão e do cinema ao fazer parte do grupo Os Trapalhões.
Mas, na verdade, o filme é sobre a relação entre Mussum e sua mãe, Dona Malvina, interpretada aqui de forma sublime por duas grandes atrizes brasileiras. Na juventude, por Cacau Protásio e na velhice pela fantástica Neusa Borges. O arco de cumplicidade entre mãe e filho, a rede de apoio, o suporte e o amor entre os dois são a alma da história. Assistir esse filme é um dever cívico de todo brasileiro, independente da idade.
Aílton Graça está divinis!
Continuar essa crítica sem dedicar um parágrafo à performance de Ailton Graça como Mussum seria um crime. Há muito tempo, gravamos um QueIssoAssim sobre o filme “Os Saltimbancos Trapalhões“, onde sugerimos que Aílton fosse o escolhido para interpretar o Mussum, eventualmente, em uma biografia.
Perfeito é pouco pra descrever o seu trabalho. Não só em termos de ter captado os maneirismos, a voz, o jeito de falar e a semelhança física, mas por ter entendido quem era Antônio Carlos. Então é impossível não se emocionar nas cenas dele contracenando com Neusa Borges. E o discurso no final do filme tem que ser algo visto por todo mundo.
E a parte técniquis?
Mussum, o filmis é dirigido por Silvio Guindane, mais conhecido por seus trabalhos de atuação em séries como “Vai que Cola” e “A Divisão”. O trabalho na direção surpreende, principalmente por ser a sua estreia dirigindo um longa. Não se perde em momento nenhum, não quer aparecer mais do que a história, está tudo perfeito.
O roteiro de Paulo Cursino (“Tudo Bem no Natal Que Vem”) é enxuto na medida certa e adapta de forma muito certeira o livro, focando no arco da relação entre mãe e filho, enquanto mostra as principais conquistas e derrotas de Mussum, principalmente no samba e nos Trapalhões. Ter colocado também algumas das esquetes mais famosas do Mussum na televisão durante o filme também ajudam a dar um tom mais divertido ainda a toda a história.
É impossível não deixar de mencionar aqui a direção de arte, a fotografia, a montagem, os outros atores que fazem os Trapalhões, tudo impecável, mas eu passaria dias e dias aqui elogiando. O filme é simplesmente perfeito em todos os seus pontos. Então não é à toa que foi o grande vencedor do Festival de Gramado esse ano, onde arrebatou seis Kikitos, entre eles o de melhor filme e o de escolha do júri popular. Simplesmentis arrebatadoris.
Mas qual o vereditis?
A minha dica aqui é: vá assistir Mussum, o filmis logo na primeira semana, no cinema. Porque é o desempenho dele na primeira semana que determina se ele permanece em cartaz por um bom tempo. E só você, espectador, pode fazer isso acontecer. Dê uma chance. Tela grande, sonzão, galera se divertindo. É por causa de filmes como esse que a gente tem que valorizar o cinema nacional.
É o filme do ano. O mais divertidis, o mais emocionantis e o mais bem feitis. E ponto final.
Nota 5 de 5 só por que não tem como dar nota maior.
Notícias
Academia Brasileira de Cinema e Lázaro Ramos lançam vídeo para arrecadar doações para o RS
Em decorrência da tragédia climática e ambiental que assola o estado do Rio Grande do Sul, a Academia Brasileira de Cinema produziu e divulgou em suas redes sociais um vídeo em apoio à população gaúcha, incentivando as doações e indicando instituições que estão recebendo donativos para minimizar os efeitos da catástrofe, como a Central Única das Favelas (CUFA), os Correios e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O vídeo, uma realização da Academia, conta com locução do ator Lázaro Ramos e traz cenas de mais de 50 produções audiovisuais que foram rodadas no Rio Grande do Sul, entre eles “Anahy de las Misiones”, de Sérgio Silva (1997), “Cidades Fantasmas”, de Tyrell Spencer (2017), “Disforia”, de Lucas Cassales (2019), “Hamlet”, de Zeca Brito (2016), “Houve uma Vez Dois Verões”, de Jorge Furtado (2002), “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado (1989), “Jango no Exílio”, de Pedro Isaias Lucas (2024), “Meu Tio Matou um Cara”, de Jorge Furtado (2004), “Mirante”, de Rodrigo John (2019), “Morto Não Fala”, de Dennison Ramalho (2018), “O Homem Que Copiava”, de Jorge Furtado (2003), “Rasga Coração”, de Jorge Furtado(2018), entre outros. A Academia também se solidariza com os trabalhadores do audiovisual gaúcho e espera que o setor e o estado se recuperem e voltem a emocionar o país com suas histórias nos cinemas.
“Nesse momento tão difícil para o Rio Grande do Sul, todos nós, da Academia Brasileira de Cinema, mandamos nosso apoio e nossa solidariedade. Que nossos irmãos, artistas, realizadores, produtores, exibidores e técnicos que fazem o cinema Brasileiro do Rio Grande do Sul, possam ter esperança mesmo em um momento tão trágico e em breve voltar a sonhar e a fazer o Brasil inteiro sonhar, sorrir e se emocionar com suas histórias“, destaca Lázaro Ramos.
Mais informações sobre as doações podem ser encontradas nas redes sociais das instituições abaixo:
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@mtstbrasil
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