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   Rafael Beraldo Dourado

   10 de novembro de 2022 at 15:14

   Superman não é um personagem difícil de escrever. Talvez ele seja difícil de acreditar, ainda mais na nossa realidade tão cínica, que fica difícil compreender alguém super poderoso mas com valores morais que remetem ao período da segunda guerra (no lado dos aliados e não do Eixo, claro, hoje em dia vale a pena deixar claro). Tanto que na adaptação satírica da Turma da Mônica, o Superman é o Chico Bento. Um “homem simples do campo” tentando fazer o bem, sempre, e sem estar disposto a botar os outros em risco, se contendo num mundo de papelão.
   Tudo que é autor “moderno” gosta de reinterpretar o Superman corrompido pelo poder, e aí temos Capitão Pátria, temos o pai do Invencível, temos o próprio Superman do Injustice etc. Porque ele é melhor como ameaça do que como herói, se pensarmos que é preciso deixar o público concordando com suas hesitações em fazer o bem a qualquer custo, não importa quantos civis ficarem pelo caminho. O que o Baconzitos disse: você derrota fácil o superman, basta fazer um refém.
   Dá pra ter uma “aventura mensal” do Superman legal no cinema. Não é pra isso que a maioria paga o ingresso, mas seria legal ver o Super Homem lidando com coisas comuns na maior parte do filme até a vilania final ser algo mais apoteótico. O arco que o Lex Luthor é presidente renderia algo legal aí, talvez. Não se for o Mark Zuckeberg, claro. Bem que ele podia ser só um filho do VERDADEIRO Lex Luthor e aí trazerem o Bryan Cryston pro projeto. Sonhar não custa quase nada.

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