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Um Lugar Silencioso (A Quiet Place) 2018 – Por Maria Eduarda Senna

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A trama acompanha uma família liderada por Lee (John Krasinski) e Evelyn ( Emily Blunt) – além de casados no filme são casados na vida real –  que vivem isolados junto com os filhos em uma casa, aparentemente no interior. Alguma coisa aconteceu n mundo e eles assim como qualquer ser humano sobrevivente desse evento (que não é falado e tambémnão faz diferença pra trama) precisa se manter em total silêncio, já que qualquer tipo de barulho ou ruídos atraem criaturas mortais e famintas prontas para atacar o que tiver pela frente. Logo no primeiro momento do filme (no máximo 8 min de filme) somos testemunhas de um acontecimento que deixa o público literalmente em choque e se questionando se realmente vai valer a pena continuar no cinema. E para a surpresa de todos a resposta é SIM, ABSOLUTAMENTE SIM!!!


O filme impressiona logo de cara, não só pelo evento que ocorre, mas ela ausência do som, os personagens conversam através dos olhares trocados e de mimicas, que – pasmem – funciona muito e conecta o público com a realidade dos personagens (você fica receoso de fazer barulho dentro da sala de cinema inclusive).


John Krasinski além de atuar, é o responsável pela produção e direção do Thriller, e para o primeiro filme do gênero, posso dizer que o acerto foi perfeito, a direção de Krasinski consegue levar o público a sentir, tudo que se é possível sentir num filme de suspense/terror/thriller. O medo é extremamente bem trabalhado, e nos leva a uma sensação de agonia e tensão que se prolonga até o fim, nos fazendo passar por momentos emocionantes e muito, muito bem construídos.


Dirigir um filme de gênero, principalmente se tratando de thriller, com suspense e terror, é um trabalho muito difícil, pois existe a famosa linha tênue entre o causar a sensação do medo e o escrachado que fica forçado e acaba sendo engraçado, não atingindo de fato o objetivo, normalmente isso ocorre quando o excesso de “Jump Scare” (os famosos momentos de sustose sobressai, ao invés de trabalhar os outros elementos importantes do terror, não explorando as sensações e a construção do medo. O que em “Um Lugar Silencioso” não acontece (Graças a Krasinski), não que no longa não existam os “Jump Scare”, mas, como eu disse, são muito bem trabalhados e não é forçado, funcionando exatamente como ele tem que ser – deixando claro que não estou reclamando de Jump Scares, eu amo eles, mas não posso defende-los sempre rs).


A construção da narrativa é tão incrível que o público passa a se envolver por completo com a vida dos personagens, e a história vai crescendo até chegar ao seu ápice de uma forma muito sutil e bem amarrada. O formato de “Um Lugar Silencioso” lembra muito filmes que trabalham bem esse lado do psicológico através da narrativa, como: o premiado “Corra”, “AVila” e “Sinais”

O elenco é composto apenas por sete atores, que Krasisnki consegue de uma forma impressionante, trabalhar não só com a ausência do som, mas com um número reduzido de pessoas e fazer disso ser a cereja do bolo, para um filme completo. Fazia tempo que não assistia um Thriller tão bom assim, nos últimos 10 anos.


Um roteiro inteligente de Bryan Woods, Scott Beck e John Krasinski (que tem talento para absolutamente tudo), um elenco impecável em atuações brilhantes, composto por Emily Blunt, Noah Jupe (Extraordinário), Milicent Simmons (Sem Fôlego). Uma trilha sonora maravilhosa feita por nada menos que Marco Beltrami (Homem de Aço; Pânico; Duro de Matar), são de fato, elementos que fazem de “Um Lugar Silencioso” um filme excelente. Lembrando que o filme estreia dia 5 de Abril, e se você for assistir: Não faça barulho!!


NOTA: 5,0

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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